Eu sou uma garoa fina na noite, mais atrapalho do que sirvo para algo.
Eu sou uma fugitiva. Vivo a fugir de mim.
Eu sou uma contradição, um paradoxo. Estou em colapso.
Morro diariamente, mas sou daquelas persistentes. Vivo voltando a viver.
Mas a vida é tão dura para os persistentes. Sabe o que é reviver a cada dia?
O coração nunca descansa, vive em pedaços.
A cabeça nunca descança, vive em devaneios.
E a vida segue: um dia após o outro.
E eu sigo revivendo: um dia após o outro.
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E se as palavras não fazem sentido, de fato não precisam fazer.
E não adianta procurar sentido em quem nunca fez sentido algum, não é?